Poema

Sobre o cotovelo





Ponho-me a explicar e nesse cio de blá-blá


Canso-me corcundo-me adormeço.


Ou então pego no telefone


E a tua voz, licor, espumante.



É noite, estou nu. E as tuas mãos


Deve ser essa a minha sorte, olhar para ti


Para que o tédio me deixe


Para que esta ferida sare e se cale


Para esta cicatriz de amor.



Carlos Luís Bessa

Lançam-se os músculos em brutal oficina


Lisboa, & etc., 2000

Sem comentários: